A paródia é uma imitação cômica de uma composição literária, (também existem paródias de filmes e músicas), sendo portanto, uma imitação que possui efeito cômico, utilizando a ironia e o deboche. Ela geralmente é parecida com a obra de origem, e quase sempre tem sentidos diferentes. Na literatura a paródia é um processo de intertextualização, com a finalidade de desconstruir ou reconstruir um texto.
A paródia surge a partir de uma nova interpretação, da recriação de uma obra já existente e, em geral, consagrada. Seu objetivo é adaptar a obra original a um novo contexto, passando diferentes versões para um lado mais despojado, e aproveitando o sucesso da obra original para passar um pouco de alegria. A paródia pode ter intertextualidade.
Aparece como importante elemento no modernismo brasileiro e na Poesia marginal da chamada "Geração mimeógrafo".
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[editar]Exemplos de Paródia
"Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossos campos tem mas flores."
Onde canta o sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossos campos tem mas flores."
(Canção do exílio - Gonçalves Dias, poeta romântico brasileiro)
A paródia de Oswald de Andrade:
"Minha terra tem palmares onde gorjeia o mar
Os passarinhos daqui
Não cantam como os de lá"
Os passarinhos daqui
Não cantam como os de lá"
Reparem que "palmares", na verdade trata-se do Quilombo dos Palmares, ou seja, a expressão do nacionalismo crítico do movimento modernista brasileiro da vertente Pau-Brasil.
[editar]Música
A paródia, em música, seguiu sendo um estilo que tomou conta do novo método do Século XVI, com uso do cantus firmus que entrava em seu desuso sério da polifonia do Século XIV e XV. A partir de então, ocantus firmus se utilizou em raras ocasiões. A paródia seguiu sendo prominente em certos estilos de música instrumental, primeiramente na música para teclados. Conforme a música evoluiu pelo início doBarroco, a paródia entrou na história da ópera, e conta com inúmeros exemplos. Ironicamente iniciam-se com interlúdios cómicos nas óperas dramáticas, chamados de intermezzos. Exemplos destes intermezzosse encontram em óperas de Jean-Baptiste Lully (1632-1687), um compositor acostumado a escrever balés para a corte real.[1] Mas os intermezzos cómicos eram pequenos trechos para serem interpretados entre atos da opera séria---um intervalo sarcástico e humorístico durante um espetáculo dramático. Lully era amigo de Molière e juntos criaram um novo estilo, o comédie-ballet, qual combinava teatro, comédia e balé. Um dos pioneiros da ópera francesa, e depois partiu solo com seu novo estilo, conhecido particularmente pelo nome de ópera buffae tem geralmente rimas.
[editar]Cinema e TV
Existem muitas paródias no cinema e na TV, como o actual filme Vampires Sucks (Vampiros que se mordem, titulo em Portugal), que é uma paródia dos filmes da Saga Twilight
[editar]Século XVI
- Tomás Luis de Vitoria (1548-1611);
- Giovanni Pierluigi da Palestrina (1525/26-1594);
- Orlande de Lassus (1530/32-1594).
[editar]Século XVIII
[editar]Século XIX
[editar]Século XX
- Bob Dylan (1941-)
- Jimi Hendrix (1942-1970)
- "Weird Al" Yankovic (1959-)
[editar]Paródia segundo a lei brasileira
Segundo a lei brasileira sobre direitos autorais, lei 9.610/98 Art. 47. São livres as paráfrases e paródias que não forem verdadeiras reproduções da obra originária nem lhe implicarem descrédito.[2]
Referências
- ↑ Referência cultural: A relação entre o Rei Louis XIV e Lully foi representada no filme frances de Gérard Corbiau, Le Roi Danse, 2000 IMDB.com (Trad livre: O rei está dançando). (em inglês)
- ↑ LEI Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998. (em português).
http://pt.wikipedia.org/wiki/Par%C3%B3dia
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