Heron Domingues | |
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Nascimento | Heron de Lima Domingues 4 de junho de 1924 São Gabriel |
Morte | 9 de agosto de 1974 (50 anos) Rio de Janeiro |
Ocupação | jornalista e radialista brasileiro |
Nacionalidade | brasileiro |
Heron de Lima Domingues (São Gabriel, 4 de junho de 1924 — Rio de Janeiro, 9 de agosto de 1974) foi um jornalista e radialista brasileiro.[1]
Aos 16 anos tentou a carreira de cantor e foi participar em um concurso de calouros na Rádio Gaúcha, em Porto Alegre a 7 dezembro de 1941, dia escolhido pelos japoneses para bombardear Pearl Harbour, Havaí nos Estados Unidos. Na ausência do locutor da rádio, Domingues foi lançado às pressas aos microfones e deu a notícia em primeira mão. Não participou do concurso, mas saiu da rádio empregado. Em 1944, mudou-se para o Rio de Janeiro e passou a trabalhar na Rádio Nacional, onde, no programa Repórter Esso, transmitia a informação "como se estivesse numa trincheira", costumava dizer.[1]
Acampado no estúdio da carioca Rádio Nacional, Heron Domingues, o Repórter Esso , aguardava sôfrego pelo telegrama que confirmaria o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945. Deveria fazer jus ao apelido a ele atribuído, "o primeiro a dar as últimas". Após passar Natal, Ano-Novo e Páscoa em alerta, os colegas insistiam para que ele fosse descansar em casa. Aceitou o conselho a contragosto e, para sua decepção, foi em casa que o radialista soube do fim do armistício, pela emissora concorrente. Para consolo, sua credibilidade ressoou: "Se o Repórter Esso ainda não deu, não deve ser verdade", comentava-se pelo País. Só depois que empostou sua inconfundível voz ao microfone é que a notícia ganhou veracidade.
Na televisão, trabalhou na extinta TV Rio, onde apresentou o Telejornal Pirelli, ao lado de Léo Batista e na Rede Globo, onde apresentou o Jornal da Noite e o Jornal Internacional na Globo de 1971 até 1974.
Heron Domingues faleceu em 9 de agosto de 1974, no Rio de Janeiro, após um dia de trabalho. Teve um ataque cardíaco. Ele era casado com a também jornalista Jacyra Domingues.[2]
Sobre o Repórter Esso, Heron relatou:
"Trabalhei no Repórter Esso de 1944 a 1962, sem um dia de folga. Levantava-me ás 6:45 hs. e voltava para casa à 1:30 da madrugada. Nos períodos críticos, dormia na rádio, que tinha uma cama na redação. Para se ter uma idéia da época conturbada em que vivíamos, no período em que fui locutor do Esso, houve no Brasil dez presidentes da república. Durante a guerra, dormia na Rádio Nacional com um fone no ouvido, diretamente ligado a UPI. Sempre que havia uma notícia importante, eles me despertavam, eu mesmo colocava a emissora no ar e transmitia a notícia. Para o fim da guerra, preparamos uma audição especial do Repórter Esso, em que a notícia seria dada fundida com o repicar de sinos. Com medo de me emocionar muito diante do microfone, gravei o início da transmissão: "Atenção! Atenção! Acabou a guerra".[2]
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[editar]Biografia
Em tom alarmista, o radialista foi o primeiro a noticiar vários fatos históricos nos 33 anos de carreira: o lançamento da bomba atômica sobre Hiroshima - (1945): o suicídio de Getúlio Vargas - (1954), a morte da cantora Carmen Miranda - 1955; a renúncia do presidente da República Jânio Quadros - (1961), a chegada do Homem à Lua - (1969).[1][3]
Acreditava que a voz era dádiva de Deus e não se preocupava em preservá-la. Boêmio, bebia e fumava em excesso. Depois do expediente, era comum lotar a casa de amigos para notívagos bate-papos. Quando as visitas partiam, virava-se para a esposa, a jornalista Jacyra Domingues, e dizia: "Já faz muito tempo que estou em casa, vamos sair para dançar".[1]
Foi o primeiro apresentador de televisão, quando ingressou na TV Tupi do Rio de Janeiro, em 1961. Desde 1972, estava na TV Globo, (Rede Globo), do Rio de Janeiro.[1]
Eufórico para anunciar com exclusividade o impeachment do ex-presidente norte-americano Richard Nixon, no extinto Jornal Internacional, da TV Globo, sem imaginar que seria seu último noticiário. Poucas horas depois foi jantar com os amigos, tendo tido um infarto fulminante já em casa. Os amigos acreditam que Domingues foi vencido pela emoção.[1]
[editar]Curiosidades
Uma equipe médica estudou a voz de Domingues por dez anos e nenhuma alteração foi observada, um fenômeno. "Bebo e fumo em excesso", disse ele. "Pois continue bebendo e fumando", aconselharam os médicos.[2]
Referências
- ↑ a b c d e f : Heron Domingues PUC RS. (Setembro, 2003).
- ↑ a b c : BIOGRAFIA DE HERON DOMINGUES PARA O MUSEU DA TELEVISÃO BRASILEIRA Pró-TV.
- ↑ Heron Dominguez Meu Pensar. (Julho, 2010).
[editar]Ligações externas
- Heron Domingues Memorial da Fama.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Heron_Domingues
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