Fanzine


Comunicação
Fanzine
Tipos
Social • Massa • Interpessoal •
Intrapessoal • Verbal • Não verbal • Visual •
Audiovisual • Segmentada • Redes •
Ciberespacial • Não violenta
Mídias
Cartaz • Cinema • Correio • Fanzine •
Gravadora • Internet • Jornal • Livro • Outdoor
Outbus • Panfleto • Podcast •
Quadrinhos ou BD • Rádio • Revista •
Televisão • Vídeo
Profissões
Assessoria • Design gráfico • Editoração •
Jornalismo • Produção audiovisual •
Produção cultural • Produção editorial •Publicidade •
Radialismo • Relações públicas • Roteiro
Disciplinas
Análise do discurso • Análise de conteúdo •
Cibercultura • Dialética •
Economia da informação • Estudos culturais
Hermenêutica • Linguística • Marketing •Memética • Retórica •
Semiótica • Teoria da comunicação •Teoria das mediações • Teoria da propaganda
Conceitos
Agendamento • Audiência • Censura •
Ciberespaço • Cultura • Cultura de massa •
Espiral do silêncio • Evento midiático •Imagem •
Imprensa • Indústria cultural • Informação •
Interatividade • Linguagem • Mídia •
Propaganda • Signo • Símbolo • Texto •
Veículos
Elementos
Canal • Código • Contexto • Emissor •Feedback • Meio • Mensagem • Processo •Receptor • Repertório • Ruído
Temas e Questões
Convergência tecnológica • Democratização da comunicação •
Fluxo de informação • Grande mídia •
Imperialismo cultural • Inclusão digital •
Mídia alternativa • Mídia independente •
NOMIC • Sociedade da informação •
Pós-modernidade
Tecnologias
Animação • Ethernet • Hipermídia • Máquina de escrever •
Microfone • NTICs • Podcasting •
Radiodifusão • Radiotelefonia • Satélite •
Telecomunicações • Teledifusão • Telefonia •
Telegrafia • Videocassete
Escolas
Estruturalismo • Frankfurt • Palo Alto •
Funcionalismo • UNESCO
Por país
Ver Comunicações por país
Portal Imprensa • Portal Jornalismo
Fanzines
Fanzine é uma abreviação de fanatic magazine, mais propriamente da aglutinação da última sílaba da palavra magazine(revista) com a sílaba inicial de fanatic.
Fanzine é portanto, uma revista editada por um fan (fã, em português). Trata-se de uma publicação despretensiosa, eventualmente sofisticada no aspecto gráfico, dependendo do poder econômico do respectivo editor (faneditor). Engloba todo o tipo de temas, assumindo usualmente, mas não necessariamente, uma determinada postura política, com especial incidência em histórias em quadrinhos (banda desenhada), ficção científicapoesiamúsicafeminismovegetarianismoveganismo,cinemajogos de computador e vídeo-games, em padrões experimentais.
Também se dedica à publicação de estudos sobre esses e outros temas, pelo que o público interessado nestes fanzines é bastante diversificado no que se refere a idades, sendo errônea a ideia de que se destina apenas aos jovens, ainda que estes sejam concretamente os que mais fazem uso desse meio de comunicação.
Prova desta afirmação é a de que os primeiros fanzines europeus, especialmente franceses e portugueses, foram editados por adultos, dedicando-se ao estudo dehistória em quadrinhos (ou banda desenhada). A sua origem vai encontrar-se nos Estados Unidos em 1929[1]. Seu uso foi marcante na Europa, especialmente naFrança, durante os movimentos de contra-cultura, de 1968. Graças a esses movimentos, os fanzines são uma ferramenta amplamente difundida de comunicação impressa de baixos custos. No Brasil, desde a década de 1980 até hoje, os "zines" se converteram no meio de veiculação de idéias mais usado por punks eanarquistas.
Fanzines como qualidade profissional são chamados de "prozines"[2]

Índice

  [esconder

[editar]Fanzines no Brasil

No Brasil o termo fanzine é genérico para toda produção independente. Houve, uma distinção entre fanzines (feitos por fãs) e produção independente (Produção artística inédita), mas a disseminação do termo "fanzine", fez com que toda a produção independente no Brasil fosse denominada fanzines.[3]
O primeiro fanzine brasileiro foi o O Cobra, "Órgão Interno da 1.ª Convenção Brasileira de Ficção Científica" realizada entre 12 e 18 de Setembro de 1965[4] realizada em São Paulo[5], o primeiro a tratar sobre histórias em quadrinhos foi Ficção (Boletim do Intercâmbio Ciência-Ficção Alex Raymond), criado por Edson Rontani em12 de Outubro de 1965 em PiracicabaSão Paulo, o fanzine trazia textos infomativos e uma interessante relação de publicações brasileiras de quadrinhos desde1905.[6]
Ambos foram criados em uma época que o termo que definia produção independente era "boletim".
Em São Paulo, onde a cena de rock e underground era forte nos anos 80 e os jovens se reuniam em frente a "Woodstock Discos" no Anhangabaú em busca de informações sobre as bandas e novidades dos estilos que então surgiam e hoje entraram para a história, surgiram os primeiros fanzines feitos de maneira mais eclética,um, inclusive tinha este nome: Ekletik. Nestes havia entrevistas, artigos sobre lançamentos, tournées, críticas sociais, grafite - então uma novidade e assim criando uma rede que com a internet apenas aumentou migrando para os blogs.
A produção de fanzines no Brasil dos últimos anos vem crescendo e tem características de reação dos artistas e público ao descaso das editoras de quadrinhos com relação a produção nacional. Neste caso, os fanzines brasileiros possuem valor cultural e serão incorporados à história dos quadrinhos brasileiros por ser uma produção expressiva de quadrinhos no país diante da pequena produção editorial no início deste século.
Diante da grande produção de fanzines no Brasil, diversas iniciativas vêm sendo tomadas com o objetivo de registrar a produção nacional. Recentemente foi criada aFanzinoteca de São Vicente que se tornou a segunda maior fanzinoteca do mundo por seu acervo de edições catalogadas. Em 2004 foi lançado o Catálogo oficial da Fanzinoteca de São Vicente contendo dados de 1.000 fanzines nacionais.[7]
No Brasil, ocorrem anualmente duas grandes convenções de fanzines:
"Fanzinecon" e "Fanzine expo",as duas são parte integrantes de eventos de anime/mangá.
"Fanzinecon" acontece dentro do evento "Animecon"[8] e a "Fanzine expo" acontece dentro da "Anime Dreams" e "Anime Friends"[9] que na inauguração contou com mais de 50 fanzines expostos e um público de 40.000 pessoas em julho de 2005, segundo os organizadores.
A inspiração para esses eventos é a Comiket, convenção japonesas de dōjinshis (o fanzine japonês)[10]
Na região do Estado de São Paulo, mais precisamente na Baixada Santista, existe há cerca de dois anos "A Gazeta Alternativa", o que pode ser chamado de "o maior fanzine cultural da região". Publicado pela Edittora Nova Linguagem, consiste propriamente de uma revista mensal, a qual mantém o espírito de uma publicação caseira, no que tange ao seu conteúdo.
Na região do Estado do Rio Grande do Sul, é se encontrava os melhores Fanzines do Brasil, até prova em contrario, Oscar Kern, foi o dono do Fanzine Historieta, o primeiro a colocar, em banca de jornais, o seu Fanzine de qualidade superior em artigos, impressão e criação de herois. Nilo Costa e Silva, editor e desenhista em parceria com Aníbal Barros Cassal e Goida do Fanzim, mudaram completamente o formato, criando novo designer e logotia na mostragem dos Fanzines, até então conhecida.[11]
Surgido como um fanzine, a divulgação do mesmo aumentou de tal maneira a ponto de seus idealizadores sentirem-se obrigados a criar uma editora para viabilizar a publicação do mesmo, garantindo assim aos seus colaboradores todas as regalias referentes aos Direitos Autorais.
Atualmente, com uma tiragem de 5.000 exemplares (coisa que, para um fanzine convencional, é impossível), a Gazeta Alternativa possui como característica principal o fato de que suas matérias são feitas pelos próprios leitores, consistindo assim em um espaço para a livre expressão da população jovem.
Em 2011, foi lançado o Anuário de Fanzines, Zines e Publicações Alternativas, obra que catalogou 120 títulos independentes produzidos no país[12].

[editar]Fanzines em Portugal

Em Portugal, fizeram sucesso nos anos 80 alguns fanzines vocacionados para a cultura Pop e Rock e ligados ao meio literário alternativo. Destacam-se no período os fanzines portugueses Anarcopunks, que tinham a música como foco central, mas não dispensavam a crítica política e social.
No final da década de 90 surgem vários títulos de fanzines que ultrapassam os limites do papel e procuram marcar o leitor com experiências sensoriais, recorrendo a texturas (alcatifas, papéis de parede, solas de chuteira...), cheiros (óleo de linhaça, perfumes Ach. Brito...) e a apêndices (postais, fragmentos de performances, recortes, fotografias...).

Referências

  1.  Justine Larbalestier. Daughters of earth: feminist science fiction in the twentieth century. [S.l.]: Wesleyan University Press, 2006. 27 p. 9780819566768
  2.  Sidney Gusman (18/03/2010). Roberto Guedes lança, por selo próprio, o Almanaque MeteoroUniverso HQ.
  3.  , Gazy Andraus e Sonia M. Bibe Luyten hedra, Cultura pop japonesa, 67, 2005. ISBN 8587328891, 9788587328892
  4.  Obituário: Walter MartinsTerra Magazine (27 de fevereiro de 2010). Página visitada em 27/05/2010.
  5.  Roberto de Sousa Causo Editora UFMGFicção científica, fantasia e horror no Brasil, 1875 a 1950, 297, 2003. ISBN 8570413556, 9788570413550
  6.  , Henrique Magalhães Marca da Fantasia, O rebuliço apaixonante dos fanzines, 36, 2003. ISBN 85-87018-21-3
  7.  Fanzinoteca São Vicente abre inscrições para 2ª Mostra de fanzines (em português)Universo HQ (06/04/05). Página visitada em 23/04/2010.
  8.  Confira o site do FanzineconUniverso HQ (09/03/2004). Página visitada em 20/05/2010.
  9.  Anime Friends promoverá o 1º São Paulo Comic FairUniverso HQ (20/05/2010). Página visitada em 20/05/2010.
  10.  Alexandre Nagado (19 de Abril de 2002). O bê-a-bá do mangáOmelete.
  11.  Historieta: muito mais que um fanzineUniverso HQ (01/10/07). Página visitada em 20/05/2010.
  12.  Marcelo Naranjo. (14/03/2011) Conheça o Anuário de Fanzines, Zines e Publicações Alternativas. Universo HQ

[editar]Ver também

Commons possui uma categoriacom multimídias sobre Fanzine
Ícone de esboçoEste artigo sobre Literatura é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.


http://pt.wikipedia.org/wiki/Fanzine

Nenhum comentário:

Postar um comentário