Em sentido lato, concerto é um espetáculo musical ao vivo envolvendo um ou mais músicos, tipicamente envolvendo uma audiência. Outra definição mais abstrata é que um concerto é uma consonância de instrumentos ou vozes. No âmbito da música erudita, concerto é uma forma musical específica, caracterizada pelo uso de um ou mais de um instrumento solista com acompanhamento de um grupo maior, sobre o qual o solista se destaca. Juntamente com a ópera, o concerto foi praticamente o único estilo clássico que sobreviveu à conturbada história da música erudita.
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[editar]O concerto clássico
[editar]Características
As principais características do concerto na Era clássica, o qual é tomado como modelo até os dias actuais, são:
- Três movimentos, dos quais o primeiro é rápido, na forma-sonata, o segundo é lento (sob qualquer forma) e o terceiro, novamente rápido, em rondó;
- Instrumental, ou seja, o grupo que faz o acompanhamento é geralmente uma orquestra completa, uma orquestra de cordas ou uma orquestra de câmara.
No Romantismo, os concertos passaram a ter como propósito explorar o virtuosismo, ou seja, a potencialidade dos solistas. A partir daí, surgiram modificações no esquema clássico do concerto, como por exemplo:
- Menor número de movimentos: O número de movimentos do concerto diminuiu. Surgiram concertos com dois movimentos (Concerto para violino nº 1, de Béla Bartók; Concerto para clarineta, de Aaron Copland) e até com um movimento (Concerto para piano nº 2, de Franz Liszt; Concerto para piano e orquestra, de Arnold Schönberg; Concerto para piano para a mão esquerda, de Maurice Ravel).
- Maior número de movimentos: A estrutura clássica também aumentou e deu espaço a composições com quatro movimentos (Concerto para piano nº 1, de Johannes Brahms; Concerto para violino nº 1, deDmitri Shostakovich; Concerto para violino, de Igor Stravinski; Concierto heroico, de Joaquin Rodrigo) e mesmo cinco movimentos (Concerto para piano e Concerto para violino, de György Ligeti; Concerto para piano nº 5, de Sergei Prokofiev).
- Utilização de instrumentos incomuns: O solista no concerto clássico era um instrumento da própria orquestra. Após o Romantismo, instrumentos de todos os tipos foram incorporados ao concerto. Um exemplo famoso é o Concierto de Aranjuez, de Joaquin Rodrigo, escrito para violão. Além desse, temos ainda o Concerto para gaita, de Heitor Villa-Lobos; Concerto para ondas martenot, de André Jolivet; o "Concerto for Group and Orchestra", de Jon Lord (executado com o Deep Purple), o Concerto suíte para guitarra elétrica e orquestra, de Yngwie J. Malmsteen e o Concerto para balalaika e orquestra, de Eduard Tubin.
[editar]História
Originalmente, era uma forma com base em três movimentos, sendo o primeiro lento, o segundo de andamento moderado e o terceiro rápido. Uma forma de concerto bastante usada no período barroco foi oconcerto grosso, que se constituía não de um solista, mas de um conjunto de solistas alternando com uma orquestra maior.
Com o advento do Classicismo, o concerto passou a se estabelecer de maneira mais ou menos estruturada como a sonata clássica: um primeiro movimento em forma-sonata, o segundo movimento lento (sob qualquer forma) e o último em rondó. No Romantismo, os concertos passaram a ter como propósito explorar o virtuosismo, explorando ao máximo a potencialidade dos solistas.
Alguns concertos famosos:
- Concerto para flauta nº 1 e Concerto para piano nº 21, de Wolfgang Amadeus Mozart;
- Concerto para piano nº 5, "Imperador", de Ludwig van Beethoven;
- Concerto para Violino em Ré Maior, Opus 35 e Concerto para piano e orquestra número 1, de Pyotr Ilyich Tchaikovsky;
- Concertos número 2 e 3 para Piano, de Sergei Rachmaninoff;
- Os quatro concertos opus 8, "As Quatro Estações", de Antonio Vivaldi.
[editar]Ver também
http://pt.wikipedia.org/wiki/Concerto
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